Nos últimos anos, o mercado de comunicação nacional sofreu mudanças drásticas. Com a popularização das mídias sociais, como o Facebook e Instagram, e a falta de ajuste nos valores cobrados por várias das “mídias tradicional” de publicidade, como anúncio em TV, outdoor e jornal, esse novo canal de comunicação em massa, agora habitado por muitas pessoas, pareceu se tornar o melhor caminho para encontrar possíveis clientes. E quanto mais o tempo passa, mais mitos sobre as redes sociais vão surgindo.
E o resultado não poderia ser outro: as redes sociais abriram espaço para venda de mídia, facilitaram o processo para pequenas empresas investirem dinheiro para aumentar a relevância da sua marca no meio digital e começaram a oferecer relatórios e métricas que confirmavam que valia mais a pena investir uma parte do lucro em anúncios constantes nas redes sociais do que toda a verba de marketing do seu negócio em apenas 1 outdoor ou comercial de TV de 30 segundos.
A mudança social que pareceu “democratizar” os canais de comunicação e publicidade também se desdobrou em um processo sem volta: a venda de fórmulas mágicas, treinamentos que prometem mundos e fundos e profissionais com pouca ou nenhuma instrução para gerir os novos canais de publicidade que povoam a internet.
O que antes pareceu ter sido criado como um meio de interagir e se divertir com os amigos na internet, agora se transformou em empresas bilionárias que lucram transformando o seu feed em mais uma rodovia local lotada de outdoors e campanhas de marcas que podem ou não ser relevantes para você;
Em meio a essa realidade, muitos “especialistas” por aí querem vender aos empresários mais resultados ou “segredos” que farão com que eles vendem muito mais por esse canal. E a verdade é que a internet está cheia de regras espalhadas, que confundem a cabeça de quem busca começar, do zero, a aproveitar esses novos canais de comunicação para promover o seu negócio.
Como resultado, aqueles que buscam agora o caminho para o sucesso anunciando nas redes sociais acabam sendo induzidos a realizar diversos investimentos errados, enquanto perdem oportunidades reais que exigem um pouco mais de prática e conhecimento. Para te ajudar a fugir dessas furadas e aproveitar os benefícios da sua marca estar presente nas mídias sociais, trouxemos alguns mitos comuns.
1. Se você não consegue fechar vendas diretas pelas redes sociais, não está dando resultado
Esse primeiro mito sobre as redes sociais, e é um dos mais relevantes quando o assunto é utilizar as redes sociais para promover um negócio. Isso porque uma verdade que deveria ser dita e muita gente não gosta de falar na lata é: as redes sociais não foram feitas, originalmente, para vender. Redes sociais, tanto para pessoas quanto para marcas, foram criadas como canal de comunicação, relacionamento, aproximação e desenvolvimento de valores.
Ou seja, a não ser que você tenha uma lanchonete, venda bolos e doces por encomenda ou tenha uma lojinha de roupas, o Instagram não irá lhe trazer vendas diretas. Mas, para todos os outros casos de empresas que podem estar presentes nessas redes, elas irão dar a sua marca uma força a mais, fazendo com que você consiga fechar vendas mais fáceis e maiores, pois vão estar te colocando ainda mais perto do seu público, dos seus gostos e desejos, sem parecer que sua marca quer, toda hora e a qualquer custo, vender vender vender.
2. Nas redes sociais, uma marca só consegue vender se fizer anúncios
Se você é novo no assunto, precisamos explicar alguns conceitos básicos para debater esse mito sobre as redes sociais. Ao criar um conteúdo nas redes sociais, uma marca tem duas formas de atingir pessoas nas redes: organicamente, que acontece quando a plataforma mostra sua publicação para as pessoas que te seguem, ou para as pessoas que são amigas delas quando elas compartilham ou comentam no seu post; ou de forma paga, quando você decide investir uma verba e impulsionar essa comunicação, para que a rede mostre sua mensagem para pessoas com o perfil que você determina e que ainda não seguem a sua página.
Já ouvimos muitos empresários dizerem que não querem investir no Instagram porque não podem investir em anúncios. Anunciar no Instagram aumenta vertiginosamente a visualização da sua marca e, geralmente, não precisa de muito para conseguir alguns milhares de visualizações. Mas saber usar corretamente as hashtags, criar publicações estrategicamente direcionadas e procurar novos seguidores já podem elevar as suas vendas em médio prazo. Investimento em mídia não é tudo, conhecimento e estratégia, sim.
3. Para quem quer investir, usar o criador de anúncios do próprio app é mais barato
Em regra geral e por experiência, podemos lhe garantir que 99% das vezes, usar o criador de anúncios limitado do próprio Instagram acaba espalhando sua publicação para pessoas que não têm qualquer chance de comprar seu produto, já que não permite um direcionamento completo. Já utilizar o gerenciador de anúncios do Facebook para Empresas é o ideal, sendo mais completo e permitindo criar um funil bem mais estreito.
Esse mito sobre as redes sociais é, na verdade, bem relativo, pois diz respeito ao conhecimento e aproximação que cada usuário terá com a plataforma. Se você não consegue se dar bem com um determinado tipo de gerenciador, e acaba gerando erros graves, como colocar uma verba muito fora do possível, o melhor é manter no criador de anúncios que conhece e ir ampliando os seus horizontes aos poucos.
4. Agências só fazem aquilo que você pode fazer sozinho e de graça
E vamos começar explicando esse mito sobre as redes sociais, falando algo que você provavelmente não esperava: isso é, sim, verdade. Com um porém: se você focar em estudar, aprender sobre a ferramenta, souber criar imagens profissionais, usar os gatilhos certos, tiver tempo de sobra para testar e aprimorar suas campanhas de forma manual, conseguir montar um público correto e gastar dinheiro em tentativas para praticar, não precisa de agência.
Como sabemos que empresários tem várias outras responsabilidades, como gerir o próprio negócio e garantir que ele gere lucro, sabemos que você não terá tempo e nem recursos para ficar “jogando fora” em testes que darão errado. Por isso, e por todo o conhecimento já imbutido no processo, vale a pena contratar uma agência que dispõe de profissionais com alguns anos de experiência, vários clientes e muito mais tempo de dedicação nesse meio.
Como resultado, vai ser fácil perceber que o que eles conseguem aprender em meses e colocar na prática em semanas, pois trabalham quase que exclusivamente para isso, você levaria anos para conseguir. E, no final, não adiantaria nada, porque as mudanças nesse mercado ocorrem tão rapidamente, que tudo que você aprendeu 1 ou 2 anos atrás podem ser perdidos em poucos dias.
5. Postar memes na página do seu negócio atrai mais pessoas
Outro mito sobre as redes sociais que é bem relativo, mas, ainda assim, um mito, quando levado ao pé da letra. Para saber se essa sentença é um mito para o seu negócio em particular, é preciso responder a algumas perguntas: o que será que atrai mais clientes para a sua empresa? Será que o perfil do seu negócio e do seu público dá espaço para ficar publicando memes?
As respostas para essas perguntas vão permitir que você verifique suas estratégias e coloque nela a possibilidade de aproveitar memes. Evite qualquer um que demonstre preconceitos ou tema religiosos e políticos, mas frases e imagens bem-humoradas podem repercutir bem se editadas de maneira correta para atingir seu público. Quem não se lembra do dinossauro que “fó falafa afim”? Esses memes “inocentes” são muito bem-vindos na maioria das ocasiões.
6. Posso vender mais online se trabalhar com blogueiros
A febre dos chamados “influenciadores digitais” está fazendo com que muitas marcas passem a aproveitar a sua verba de anúncios para contratar essas pequenas celebridades e buscar o alcance que elas tem nas suas próprias redes para promover o seu negócio. E isso não está errado, pois esse mito sobre as redes sociais não é inteiramente mentira. Blogueiros podem sim ajudar sua empresa a ter mais visibilidade nas redes.
Mas, atenção: os blogueiros levam mais visualizações para a sua marca, o que pode resultar em um “boom” imediato nos 2 primeiros dias após a divulgação, mas, depois, sua marca poderá retornar ao mesmo nível em que estava. É preciso avaliar se o valor investido, seja em dinheiro ou em permuta, compensou já nos primeiros dias.
Não significa dizer que você precisa vender mais, mas se o seu site teve um crescimento nos acessos, tem mais pessoas ligando, mais mensagens no WhatsApp e no Direct, já pode ser um sinal de que deu certo. Mas, se isso não acontecer, vale repensar as estratégias: será que devo investir em outra personalidade digital, ou vale manter mais algum tempo anunciando com eles, ou é melhor não usar mais essa estratégia?
7. O público da minha marca não usa redes sociais
Logo de cara, sabemos que esse mito pode influenciar muitos empresários a abandonar esse canal de comunicação que pode oferecer tantos frutos para o seu negócio, inclusive de forma orgânica (sem custos de mídia paga). É comum demais pegarmos empresas que atuam com B2B, empreses que vendem produtos ou serviços para outras empresas, e acreditam que os seus compradores são pessoas jurídicas, que só existem no papel e não vale a pena investir nas redes sociais.
Quem tem esse pensamento limitado esquece que as empresas existem no mercado com um nome, mas na verdade o que faz uma marca são os seus funcionários, gerentes e sócios. E são essas pessoas com poder de decisão que estão nas redes sociais, acompanhando as tendências do mercado, as novidades e buscando informações relevantes. Esses serão impactados dia a dia e levarão a sua marca para a lista de fornecedores.
8. O investimento não compensa, melhor gastar em panfletagem
Será? Um estudo do seu público, custo por ação e resultados a longo prazo podem te mostrar facilmente que essa frase é um mito. Entretanto, isso é o que ainda vemos bastante em bairros e cidades menores. Eles acreditam que as pessoas olham mais para um panfleto do que para um celular.
O mito de que vale mais um papel impresso na mão, que não pode ser apagado, do que uma mensagem na tela do celular é ainda bem difícil de desmentir para muitos. Mas a verdade é que 99,5% dos seus panfletos serão jogados no lixo. Uma pessoa que te segue no Instagram tem 20% de chances de ver a sua postagem nas primeiras horas após a publicação. Ao anunciar, você tem um alcance 300 vezes maior, com o mesmo custo de um panfleto. Vale a pena fazer os cálculos.
9. Nas redes sociais, os resultados demoram muito a acontecer
Nesta frase, poderíamos substituir “redes sociais” por qualquer outro canal ou ferramenta de publicidade que para os imediatistas o resultado seria o mesmo. Se você espera resultados imediatos, é verdade que investir tempo e esforço nas redes sociais pode não se refletir na melhor estratégia para você.
A verdade é que mídias sociais, costuma ser um investimento de médio e até longo prazo. Alguns conseguem retorno em até 3 meses, mas o mais comum é que você sinta a diferença somente 6 a 12 meses após o início das ações. Caso seja possível impulsionar as postagens, o resultado tende a ser mais rápido
Agora, se você acha que 1 ou 2 semanas já deveria ser o tempo de receber dezenas de pedidos, temos duas sugestões: 1, procurar a junta comercial da sua região e saber como dar baixa na empresa; 2, procurar um curso de gestão e aprimoramento para rever os seus conceitos sobre “investimento”.
10. Quanto mais posts, melhor
Há uma “regra” que diz que postar de 1 a 4 vezes por dia é o ideal para qualquer página no Instagram. Como todos os ditos “conceito”, esse não está errado, mas cada empresa é um mundo e nessa regra a sua pode ser uma das excessões.
Primeiro que apenas 20% ou menos dos seus seguidores verão cada postagem, o que significa que você precisa postar mais vezes para alcançar mais pessoas. Em segundo lugar, existem horários de pico (geralmente às 12h e às 20h) e você deve aproveitar os perfis de pessoas que estão online nesses momentos.
Tudo é maravilhoso, até você se deparar com a pergunta: vai postar o que? Dificilmente sua empresa terá pauta para fazer tantas publicações diárias sem se tornar repetitiva e chata. Então, antes de pensar em quantidade, foque seus esforços para garantir qualidade nos conteúdos. Apenas publique o que vale a pena, o que seus seguidores irão gostar de ler e não fique se repetindo constantemente. Se não, tão fácil quanto é para ele apertar no botão “seguir” é para ele escolher “deixar de seguir”.
11. Quanto mais seguidores, melhor
Esse é um dos mitos mais difundidos e mais desmentidos atualmente. Isso não quer dizer que não existam pessoas que acreditem nessa farsa. Se modificarmos a frase para “quanto mais seguidores relevantes melhor”, aí estaríamos 100% certos e esse mito desapareceria deste material.
Ou seja, não importa o número total, mas sim o número de seguidores que possam se tornar compradores ou difusores da sua marca e dos seus produtos. Já tivemos empresas que nos procuraram com mais de 15 mil seguidores e não estavam tendo resultados. As postagens tinham de 5 a 10 curtidas, apenas, mesmo com conteúdo interessantes e atrativos.
Sem querer entregar, descobrimos que eles haviam contratada um “plano” de compra de seguidores em uma “agência”. Russos, árabes e muitos robôs. Quando comparamos com um concorrente, que já estava em campanha conosco, com apenas 500 seguidores, tinham de 25 a 30 curtidas por postagens e pessoas que ligavam para a empresa dizendo que viram nas redes sociais. A melhor opção para eles foi excluir a conta e criar uma nova, porque os algoritmos da rede social acabavam não mostrando as publicações para os seguidores certos.
12. Ferramentas de automação são melhores e mais baratas para ganhar seguidores
As ferramentas de automação para conseguir mais seguidores são boas, mas, mesmo com as configurações mais sofisticadas, jamais serão tão competentes quando um ser humano, abrindo as publicações da concorrência, avaliando seguidor por seguidor, verificando os mais ativos, os que possuem melhor perfil e seguindo apenas os que possuem mais chances de render frutos.
Além disso, a diferença de custo é pequena e não compensa pelo trabalho que você terá para configurar e gerenciar essas ferramentas, além dos riscos que você assume ao contratar essas ferramentas. Não é difícil de achar casos de empresas que perderam seus perfis nas redes sociais pois o site perceber que existia uma plataforma “bombardeando” a rede de ações automáticas.
Então, pense antes de escolher essa alternativa: não é melhor pagar, nem que seja um pouco mais, para alguém que fará tudo por você, de forma manual e assertiva, sem risco de penalizações ou mensagens de spam que tornaram sua vida um pesadelo?
13. Na publicação, quanto mais hashtags melhor
Aqui temos um mito duplo: há quem diga que só pode ter apenas 5 hashtags por publicação, assim como os que te aconselhem a usar 30 e depois ainda adicionar comentários para ter 50, 60 e até 100 hashtags. Esse ponto aqui desmente, na prática estão todos errados.
Nossa dica para descobrir quantas – e mais importante, quais – hashtags são essenciais para o seu negócio? Comece usando até 9 hashtags, algumas podem ser fixas, as outras você deve variar de acordo com o tema real de cada postagem. Dessa forma, os algoritmos do Instagram não entenderão que você está praticando spam.
Fazendo isso, nas postagens que permitirem mais hashtags você não terá problemas em usar mais de 20. O importante mesmo é o conteúdo. Assim, não vale usar hashtag só por usar, precisa ter relação real com o tema da sua publicação e específica o suficiente para gerar acessos para a sua marca, não cair em um mar de conteúdos genéricos.
14. Story dá mais resultado que feed
Muita gente compara o número de visualizações dos Stories com o número de curtidas das postagens no feed. Dessa forma, dá a impressão de que o Story rendeu muito mais, até porque só fica 24 horas no ar. Mas a verdade é que o feed costuma ter mais visualizações, e aquele número, que agora apenas você pode ver, resume apenas as interações importantes.
O que não quer dizer que você vai parar de fazer Stories. São ações complementares, pois muitas pessoas não vão ver o seu feed e muitos não verão a sua história. Vale manter os dois e até compartilhar um post do feed no Story e colocar no feed “confere nosso Story”. Quando você cobrir todos os canais possíveis com um conteúdo de qualidade, a chance de atingir mais pessoas é sempre maior.
15. Meus resultados nas estratégias digitais são medidos pelo número de curtidas e seguidores
Se você se identifica com essa frase, só temos uma coisa para te dizer: está fazendo errado. Mas tem uma notícia boa, ainda dá tempo de mudar e pensar em métricas que não sejam apenas “de vaidade”, mas que realmente reflitam o potencial que sua marca pode ter no meio digital.
Seus resultados são medidos pelo aumento de pessoas procurando seus produtos e pelo aumento das conversões em vendas. O número de curtidas e seguidores são apenas uma medição usada para projeção, para adequar o conteúdo publicado, para entender melhor sua persona. Ou seja, ter mais curtidas e seguidores, desde que sejam relevantes, significa que é muito provável que as suas vendas irão ou já estão aumentando, pois as reais métricas podem ter esses indicadores como precedentes.
16. Tenho várias lojas, melhor criar uma conta para cada
Já nos deparamos com lojas que se tornaram franquias e foram incrivelmente decepcionantes. Passaram a responsabilidade pelas redes sociais de cada unidade para seu respectivo franquiado, pernanco aquela comunicação “institucional” forte, que fale pela marca. Resultado: quebra do padrão de qualidade, comunicação, interatividade e falta de controle da identidade da marca.
Quando falamos de uma rede de hotéis, é perfeitamente plausível ter uma rede social para cada cidade ou até para cada hotel, pois os temas abordados serão diferentes. Mas isso não impede que haja um Instagram “geral” para divulgar toda a marca. Também é preciso respeitar o padrão e, de preferência, ter uma mesma equipe ou agência cuidando de todos, ao menos em nível de nacionalidade ou por região do país, no caso de grandes redes.
Mas, se você tem uma marca com 2 ou 5 lojas, use uma conta só. Espalhar as contas só vai dar espaço para afastar a sua marca dos clientes, além de permitir o surgimento de novas “contas fakes” que se passem pela sua marca sugerindo uma nova unidade que não existe.
Há um caso de uma sorveteria, franquia de uma rede, que, certo dia, resolveu trocar a marca por uma franquia concorrente. 30% dos clientes da marca antiga resolveram procurar em outro bairro ao invés de seguirem o dono e mudar de marca. Se a franquia tivesse aberto para o “cada um por si”, provavelmente teria ocorrido uma campanha indireta reduzindo a credibilidade da marca antiga para atrair mais clientes para a nova marca (e mantendo fiéis os clientes da empresa, que, na prática, seguiu com mesmo dono e funcionários). Já vimos o mesmo caso ocorrer em clínicas de estética.
17. IGTV só serve para vídeos com mais de 1 minuto
Na verdade, o IGTV serve para qualquer tamanho de vídeo. Além de aparecer para os usuários do IGTV, também é compartilhado automaticamente no feed do perfil, gerando um conteúdo “chamada” que leva ao material completo. Não é só isso, ele também possibilita que o usuário pause, adiante ou retorne ao vídeo, seja usando a barra de tempo abaixo ou dando dois clientes na lateral da tela (avançar ou recuar 10 segundos).
Outra vantagem é que no IGTV você pode girar a tela e assistir na posição horizontal, tendo o vídeo da forma completa como estamos habituados a encontrar no YouTube. Ainda não há material suficiente para definirmos qual é o melhor a ser usado em termos de alcance, mas, a princípio, o IGTV leva vantagem quando tratamos de vídeos com mais de 15 segundos. Além do mais, assim como a discussão sobre feed x stories acima, pode ser uma boa ideia compartilhar seu conteúdo nessa nova opção de formato.
18. Sai mais barato ter um estagiário do que contratar uma agência para gerir as redes sociais da minha marca
Definitivamente, não! Por mais boa vontade que um estagiário tenha, as chances de você encontrar alguém com anos de experiência em diversos mercados, lidando com as mais diversas situações e sempre participando de cursos e encontros que possibilitem constante aprendizado, e essa pessoa ainda cobre menos do que uma agência, é tão pequena quando encontrar uma pedrinha de diamante perdido nas areias dos Lençóis Maranhenses.
As chances de você contratar uma pessoa com pouca experiência e dar certo ainda existem, mas ainda assim não superam o potencial de sucesso que sua marca pode ter nas mãos de uma equipe treinada e experiente de profissionais, como acontece dentro de uma agência.
Porém, se você tem uma empresa de médio a grande porte, que necessite de uma atenção redobrada, vale contratar dois ou três profissionais da área, construindo o que costumamos chamar de “agência house”, porque se estrutura dentro do seu negócio (“em casa”) e usar apenas uma consultoria especializada para guiar a sua equipe a cada mês ou até a cada 6 meses.
19. Preciso usar todas as redes sociais
Hoje em dia é pouco comum vermos esse tipo de pedido. Mas ainda vemos muitos donos de empresas dizendo que querem ter uma conta no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn. Tudo isso para anunciar seus produtos de alimentação natural. Não há nenhuma necessidade de usar Twitter e LinkedIn para isso.
Salve em casos de empresas de maior porte, onde o Twitter é essencial para manter uma comunicação rápida e interativa, como um ótimo canal de atualização de informações e o LinkedIn é muito importante para atrair investidores, revendedores e anunciar oportunidades de emprego.
Fora isso, nossa recomendação para pequenas empresas é sempre avaliar relevância das outras redes, se o seu público está “exclusivamente” nela ou é possível focar nas redes com a maior porcentagem desse público. Se o seu público estiver em todas elas ao mesmo tempo, vale mais a pena focar na que tem o maior potencial do que ficar criando sempre um conteúdo novo para cada uma delas.
20. É melhor excluir todos os comentários negativos
Alguns comentários negativos são feitos com o intuito único de diminuir a sua marca, sem qualquer fundamento e por pessoas que, muitas vezes, sequer compraram os seus produtos ou serviços. Mesmo assim, vale a pena expor a fragilidade do comentário negativo publicamente ao invés de apenas remover.
Já nos casos de clientes realmente insatisfeitos, é preciso que haja uma conversa particular, pois apenas excluir pode causar mais frustração e indignação dessa pessoa, que passará a colocar os comentários em locais que irão fugir do seu controle.
Para esses casos, o passo a passo recomendado é: converse, verifique o problema real, busque soluções junto com aquela pessoa, só depois, com autorização dela, você exclui o comentário. Quando não houver conversa, mas o contato já foi feito, avalie o quanto aquela mensagem repercutiu antes de apagar. Por isso, agir com rapidez é fundamental para que aquilo não se espalhe.
Quando falamos de recomendações na página do Facebook, sabemos que é impossível excluir. Isso reforma ainda mais o quanto é importante buscar resolver a questão pela comunicação. No meio desse processo, você ainda consegue descobrir fraquezas do seu negócio e aproveitar uma situação ruim para melhorar os seus serviços.
Conclusão a respeito dos mitos sobre as redes sociais
Antes de sair por aí acreditando em todo “especialista” que ver, procure uma empresa séria e realmente especializada, que fará uma análise do perfil da sua empresa, seu público e suas metas, de maneira individual e sem nenhuma falsa “fórmula mágica”, traçando as estratégias que realmente podem lhe trazer mais resultados.
Agora que você conhece os principais mitos, sabe que não vale acreditar em uma empresa que te promete mais vendas, quando o seu negócio nem comercializa produtos no meio digital. Resultados nas redes sociais são a médio e longo prazo, mas podemos garantir que os frutos são importantes para manter a sua marca “na boca do povo”, se um jeito positivo.
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